Chegou o dia da primeira consulta médica para avaliação de uma suspeita de autismo ou TDAH na vida adulta e você não sabe direito o que esperar desse momento. A ansiedade costuma estar nas alturas.
Aqui vão algumas dicas para se preparar melhor para esse encontro tão aguardado.
O que falar?
A primeira consulta é o início do processo para conhecer você e seu histórico. Comece explicando as razões que o levaram a procurar ajuda. Muitas pessoas ficam nervosas e acabam esquecendo de falar coisas importantes. Vale fazer uma lista de tópicos que você não quer esquecer.
Como assim, meu histórico?
Tanto o TEA como o TDAH são condições do neurodesenvolvimento. Os sinais devem estar presentes desde a infância, mesmo que tenham sido sutis e não valorizados adequadamente. É importante ter informações desse período. Pergunte aos seus pais, irmãos, tios, primos, a qualquer pessoa que tenha tido um contato próximo com você e que possa se lembrar de detalhes importantes (marcos do desenvolvimento, características da linguagem e da interação com outras pessoas, queixas sensoriais, comportamentos diferentes, problemas escolares, etc).
E o histórico familiar?
Relatos de casos na família (materna e paterna) de atrasos do desenvolvimento, transtornos neuropsiquiátricos (não importa quais sejam), problemas de aprendizagem, comportamentos incomuns, tudo isso é relevante. Não é necessário que essas pessoas tenham recebido um diagnóstico preciso – as dificuldades de acesso a avaliação eram bem mais restritas no passado.
O que levar?
Leve relatórios de avaliações anteriores, se houver, de qualquer área, bem como diagnósticos e tratamentos prévios (não esqueça de levar os nomes corretos dos medicamentos que já tomou). Algumas doenças orgânicas podem ser muito importantes em alguns casos, então laudos, exames e prescrições devem ser levados. Fotos, vídeos e outras informações variadas podem ilustrar algumas situações que você considera importante.
Devo ter alguém comigo na consulta?
Depende. Algumas pessoas se sentem mais confortáveis levando um acompanhante em quem confiam, alguém que pode contribuir com informações relevantes. Outras ainda, necessitam de apoios variados na consulta (caso de dificuldades maiores na comunicação, por exemplo) e contam com o auxílio do acompanhante.
E se não der tempo?
Relaxa. Não vai dar tempo de falar de tudo numa primeira consulta. Por isso mesmo é importante um certo preparo para ter as principais informações com você. Provavelmente, o próprio médico vai indicar se precisa de algo mais específico para o próximo encontro.