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Dra. Raquel Del Monde | CRM 78.619/SP

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Por que autistas odeiam falar ao telefone?

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Mais um assunto daqueles que não se acha nos livros, mas que a gente vê com tanta frequência no dia a dia com autistas que simplesmente não dá pra ignorar. Lá no início de tudo, eu achava que era uma particularidade do meu filho, até que algumas centenas de relatos semelhantes me convenceram de que é algo tão comum no espectro que quase poderia virar critério diagnóstico (brincadeirinha, claro).

Tudo menos o telefone!

Autistas em geral fazem de tudo pra não atender ligações, principalmente aquelas que chegam sem qualquer aviso. Preferem falar por mensagem de texto, mandar e-mails, comprar online, usar aplicativos, qualquer coisa pra evitar falar ao telefone. Mesmo quando sofrem com as consequências dessa escolha (como quando perdem oportunidades sociais ou de trabalho).

Já pensei em muitas possíveis explicações para essa aversão.

Possíveis razões

Talvez conversar com alguém sem ver a pessoa torne ainda mais difícil o processo de decifrar as suas intenções, pela ausência da linguagem não verbal (expressões faciais, gestos); talvez torne mais difícil expressar-se com naturalidade. Talvez tenha alguma coisa a ver com questões sensoriais ou com ansiedade. O fato é que nenhuma dessas explicações parece se aplicar a todos os casos.

Uma pesquisa recente, na Inglaterra, focou justamente nas preferências de modos de comunicação entre autistas adultos, considerando que os desafios na comunicação estão associados a aumento da ansiedade, isolamento e restrição de oportunidades. A aversão ao telefone foi identificada em todos os cenários investigados (trabalho, educação, acesso a serviços, relacionamento com família e amigos).

Oferecer outras formas de comunicação aumenta a acessibilidade, promovendo autonomia, qualidade de vida e inclusão social.

CRM 78.619/SP

Dra. Raquel Del Monde

É médica formada pela USP – RP (1993), com residência em Pediatria pela Unicamp (1996) e Treinamento em Psiquiatria da Infância e Adolescência também pela Unicamp (2013). Viu sua carreira mudar quando seu filho mais velho recebeu o diagnóstico de autismo em 2006. Desde então, vem se dedicando exclusivamente ao atendimento de pessoas neurodiversas, ao aprofundamento nas questões da neurodiversidade, e tornou-se uma ativista da luta anti-capacitista.

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